Cleide Carvalho (cleide.carvalho@sp.oglobo.com.br)
Foto de Michel Filho |
PARAGOMINAS (PA) - Em Paragominas, um grupo de homens está empenhado num projeto que busca definir o que pode vir a ser, de fato, o manejo sustentável da Amazônia. São engenheiros agrônomos, técnicos ambientais, identificadores de árvores, especialistas em corte ou, simplesmente, homens que já trabalharam no corte ilegal de árvores e, por isso mesmo, conhecem a floresta como ninguém
Esse grupo faz parte do Instituto Floresta Tropical, financiado por organizações não-governamentais estrangeiras e brasileiras, e atua numa área de 3 mil hectares de floresta no Pará. A pesquisa é feita dentro da segunda maior floresta nativa certificada do país pelo Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, que pertence ao grupo Cikel, da família Pereira Dias, dono de cinco fazendas no Pará
Na prática, o que se faz no complexo é cortar árvores, mas de forma que o impacto sobre a natureza seja o mais reduzido possível e com o tempo necessário para que ela se recomponha. Observa-se a reação da natureza para estudar como fazer o corte para que a vida continue seu curso como se o homem não estivesse ali. No complexo Rio Capim, são 199 mil hectares de floresta nativa de onde, a cada ano, apenas 6 mil hectares são manejados para corte.
Para cada período de corte, que ocorre entre julho e novembro, época de seca na região, o trabalho começa um ano antes.
- Cada pedaço de floresta é mapeado e os indivíduos são classificados e numerados. Só podem ser cortados os que têm mais de 50 centímetros de diâmetro, desde que preservados em seu entorno outros indivíduos da mesma espécie, de forma a garantir a continuidade do mesmo tipo de árvore no local - explica Marlei Monteiro Nogueira, técnico ambiental que atua como instrutor no IFT.
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