Aqui tem notícia!

Sejam bem-vindos ao blog oficial da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Paragominas. Eu, Taís Fiorese, prometo postar notícias relacionadas à nossa cidade, com a credibilidade e a seriedade, marca do nosso trabalho. Alguns posts serão de notícias, outros de artigos assinados por mim. Espero que curtam e me ajudem com as notícias.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Um modelo para a Amazônia


A cidade de Paragominas já esteve na lista de municípios que mais destroem floresta. Hoje, comemora a saída do mapa do desmatamento. Por Dal Morcondes. Foto: Antonio Silva/ Ag. Pará





Ao completar 50 anos, em janeiro de 2011, Paragominas, no nordeste do Pará, também comemorou a retirada da cidade do mapa do desmatamento, e apostou em um futuro que se reconcilia com seu fundador, o mineiro Célio de Miranda, que em 1958 seguiu os passos do conterrâneo famoso, Juscelino Kubitschek, e resolveu fundar uma cidade. Foi o próprio JK quem presenteou Miranda com uma das plantas que concorreu para a construção de Brasília, um projeto do arquiteto Lucio Costa que havia ficado em quarto lugar. O fundador havia imaginado uma cidade moderna, dinâmica e capaz de desenvolver a região, então completamente despovoada. Em 1959, Juscelino assinou o decreto que criaria a rodovia Belém-Brasília, que a partir dos anos 1970 levaria mais gente e investimentos à região.

Durante quase 40 anos a cidade ficou conhecida como uma “terra sem lei”, onde proliferavam os assassinatos, o desmatamento ilegal e uma economia predatória, tanto no que se refere à floresta como em relação à pecuária, feita de forma extensiva e sem tecnologia. Isso culminou com a entrada de Paragominas, em 2008, na lista negra de municípios que mais desmatam na Amazônia. A cidade foi embargada e nada de suas fazendas conseguia crédito ou acesso aos mercados. “Paragominas era a síntese da destruição da Amazônia”, diz Adnan Demachki, prefeito da cidade. Para ele, alguns dados eram gritantes, como a insegurança jurídica, a falta de um bom ambiente para os negócios e a pouca oferta de crédito para as propriedades no município. Mas o que realmente chamava a atenção era um indicador incontestável: “Paragominas tinha, em 2008, um PIB per capita de 8.923 reais, enquanto Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, chegava a quase 52 mil”, conta.

Uma parceria entre a prefeitura, o sindicato dos produtores rurais, duas organizações ambientalistas, o Imazon e a TNC, e o Fundo Vale e a Dow AgroSciences, começou a dar uma nova cara ao município. O primeiro passo foi a regularização das propriedades, ou, ao menos, montar um quadro claro de qual é a situação ambiental de cada fazenda. Para isso, o sindicato e a prefeitura começaram a implantar o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que mapeia através de satélites e de visitas às fazendas a situação de cada uma em termos de preservação de suas reservas legais, que na região tem de ser de 50% da área das propriedades, e das áreas de preservação permanente, como matas ciliares e proteção a nascentes.

“A primeira constatação foi de que o município ainda mantém mais de 60% de suas áreas florestais, que as propriedades com problemas não eram tantas e que tudo poderia ser resolvido com planejamento e tecnologia”, explica Mauro Lucio Costa, presidente do sindicato dos produtores rurais. Ele conta que, de 2008 até o início deste ano, 93% de todas as propriedades fizeram o CAR e registraram o estado de suas reservas legais e áreas de preservação permanente (APP). Dessa forma, puderam começar a recuperação das áreas degradadas e a planejar a recomposição florestal com base em critérios técnicos, como a vocação de cada território. Assim, a agricultura e as pastagens ficaram com as melhores áreas desmatadas e foram recuperadas as que não apresentavam potencial produtivo.

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Outro passo importante foi banir da cidade as atividades consideradas ilegais ou que não se enquadravam nos critérios de um município que quer trabalhar com justiça social, respeito ambiental e práticas econômicas modernas. “Entre 2008 e 2009, houve a perda de mais de 2,2 mil postos de trabalho na cidade”, explica o prefeito. “Grande parte era ligada ao desmatamento, serrarias e produção de carvão, empregos sem garantias e sem carteira assinada, na sua maioria. Foi um momento de crise, em que a decisão de mudar teve de ser forte.” Em contrapartida, entre 2010 e junho de 2011, a cidade viu crescer as ofertas de emprego em 3.830 vagas com carteira assinada, segundo dados da prefeitura.

Adnan Demachki (PSDB), prefeito de Paragominas
No sindicato dos produtores, ainda é comum a queixa de que trabalhar de forma legal e sustentável não tem vantagens. Costa explica, porém, que a mudança na reputação do município deu resultados, como o retorno do crédito para os pecuaristas da região e uma relação mais amigável com o Ibama, o órgão ambiental federal. “A única maneira de pagar a conta da recuperação ambiental é com a produção.”

E melhorar a produção é o foco do trabalho para transformar a pecuária com a adoção de práticas mais sustentáveis, que vão do respeito à legislação florestal, melhora do manejo de pastagens e cuidado com o bem-estar dos animais. O professor Mateus Paranhos, pesquisador da Unesp, realiza um trabalho de capacitação nas fazendas da região. “É preciso ter uma relação de respeito com os animais, não adotar práticas que os machuquem e que causem hematomas e dor.”

Com as melhoras propostas por pesquisadores da Esalq e Unesp, duas universidades do interior de São Paulo, é possível aumentar a produtividade da pecuária. Segundo o professor Moacyr Corsi, outro a atuar na região, o bom manejo de pastagens permite aumentar a produtividade média de 0,8 boi por hectare, para até 10 cabeças. “Para isso basta o manejo adequado e a atuação mais profissional dos pecuaristas.” O ganho de produtividade pode ampliar não apenas a produção de gado, mas liberar áreas de pastagem para o uso da agricultura. “Paragominas tem áreas úteis para a agricultura e a pecuária quase três vezes maior do que Lucas do Rio Verde”, compara Demachki, que sonha em ver sua cidade como modelo para uma Amazônia capaz de produzir, respeitar os limites ambientais e gerar renda e riqueza para a sua população.

Dal Marcondes

Dal Marcondes é jornalista, diretor da Envolverde, passou por diversas redações da grande mídia paulista, como Agência Estado, Gazeta Mercantil, Revistas Isto É e Exame. Desde 1998 dedica-se a cobertura de temas relacionados ao meio ambiente, educação, desenvolvimento sustentável e responsabilidade socioambiental empresarial. Recebeu por duas vezes o Prêmio Ethos de Jornalismo e é reconhecido como um "Jornalista Amigo da Infância" pela agência ANDI.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Paragominas na rota da mídia


O projeto inovador e pioneiro de Paragominas, no nordeste do Pará, virou pauta dos mais diferentes tipos de jornalistas. O “Paragominas Município Verde”, tem atraído, cada vez mais, os olhares do Brasil e com isso, a curiosidade da mídia especializada. No último final de semana, a cidade recebeu a visita de um grupo de jornalistas da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – Abrajet que conheceram um pouco do que está acontecendo por essas bandas.

Mais de 10 jornalistas de vários estados do Brasil comporam a equipe que foi recebida pelo prefeito em exercício, Paulo Tocantins, no Espaço Cultural de Paragominas, no sábado, 24. Lá, os jornalistas puderam ver um pouco dos projetos sociais desenvolvidos e os talentos do município, como músicos e dançarinos. A Orquestra Municipal “Professor Daniel Nascimento” também mostrou um pouco do trabalho e encantou o público com os ritmos paraenses.

Para a Secretária Municipal de Cultura, Aparecida Luciano, apresentar os talentos da terra aos visitantes sempre é um grande prazer. “Fico muito orgulhosa de mostrar o que estamos desenvolvendo de bom aqui, ainda mais para um grupo de jornalistas de várias partes do país que irão nos ajudar a mostrar tudo isso”, afirma a secretária.

Ainda no sábado, o prefeito Paulo Tocantins apresentou o “Projeto Paragominas Município Verde”, contou um pouco a história da cidade, desde sua colonização aos dias de hoje, com a revolução na área ambiental.

Domingo no Parque
No domingo, 25, os jornalistas foram ao Parque Ambiental de Paragominas, conhecer de perto um dos símbolos do projeto e o laboratório natural das aulas práticas de educação ambiental das mais de 30 mil crianças e adolescentes que estudam na rede municipal de ensino. Na entrada, o grupo foi recepcionado pela arara vermelha “Fernando”, mascote do lugar.

A jornalista Isa Arnoud, da Abrajet do Pará, falou que se surpreendeu com a beleza do Parque e que nenhum interior do estado tem uma estrutura como essa, tão bonita e bem cuidada. “É legal ver o cuidado que Paragominas está tendo com seus cartões-postais e as iniciativas ambientais que podem atrair, futuramente, investimentos na área de turismo”.

Até o bicho preguiça que não é muito de mostrar as caras, resolveu aparecer pendurado numa árvore, carregando o filhote na costa. “Acho que eles nunca foram tão fotografados”, brinca o Suprintendente de Meio Ambiente, Felipe Zagallo, que também recepcionou o grupo.

As obras do futuro Lago da cidade também esteve na pauta da programação do domingo. O Lago será o terceiro cartão-postal de Paragominas e entregue pela gestão do atual prefeito, Adnan Demachki.

No almoço, os jornalistas puderam provar o tradicional churrasco paragominense, servido em um sítio, na Colônia do Uraim, comunidade rural próxima à cidade. Lá, os visitantes também desfrutaram de um gostoso banho de rio, além de um descanso nas redes, amarradas nas árvores. Fechando a programação, já à noite, uma visita à Praça Célio Miranda.

Pecuária e reflorestamento foram as pautas da programação do último dia de visita
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas (SPRP), Mauro Lúcio Costa, levou o grupo de jornalistas para conhecer a Fazenda Rancho Fundo, um modelo de pecuária sustentável, um dos viés do Projeto “Paragominas Município Verde”. Na ocasião, Mauro Lúcio explicou o diferencial desse tipo de produção para o tradicional e falou um pouco sobre o projeto “Pecuária Verde”, desenvolvido pelo SPRP.

O jornalista Humberto Falcão, da Abrajet do Mato Grosso, ficou bem impressionado com o que os produtores do município estão fazendo e diz que Paragominas está no caminho certo. “Um processo parecido aconteceu em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. E por lá, deu muito certo. Estou vendo que aqui também está dando”, analisa o jornalista.

Após a visita à Fazenda, o grupo seguiu para a primeira fábrica de MDF do Norte e Nordeste do país, que pertence ao Grupo Concren. Na fábrica, eles puderam ver uma apresentação couver do Blue Man Group, composta por jovens atendidos pelos projetos sociais que a empresa desenvolve. Depois, visitaram o Museu mantido pelo Grupo Concren, com maquinários antigos, como tratores de esteira e veículos agrícolas. Ao final da visita, acompanharam todo o processo de fabricação do MDF, desde o momento em que as toras entram nas máquinas, até quando são transformadas em chapas.

A jornalista Cristina Lira, da Abrajet do Rio Grande do Norte, disse que se surpreendeu com tudo que viu no município, mas o que mais gostou foi da hospitalidade. “A equipe toda da Prefeitura está de parabéns pela receptividade e por nos mostrar um pouco dessa transformação que o município está passando”.

Um almoço no Hotel Regente fechou com chave de ouro toda a programação. O prefeito de Paragominas, Adnan Demachki e um dos sócios do Regente, Carlos Freire receberam os jornalistas. “Espero que a visita tenha sido muito proveitosa e que possamos trocar experiências para fazer mais por Paragominas e fomentar a atividade turística aqui, pois sabemos que temos potencial para isso”, afirmou Demachki.