Aqui tem notícia!

Sejam bem-vindos ao blog oficial da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Paragominas. Eu, Taís Fiorese, prometo postar notícias relacionadas à nossa cidade, com a credibilidade e a seriedade, marca do nosso trabalho. Alguns posts serão de notícias, outros de artigos assinados por mim. Espero que curtam e me ajudem com as notícias.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Assista o Documentário sobre a Merenda Escolar de Paragominas

Este vídeo sobre a Merenda Escolar de Paragominas foi exibido durante a cerimônia de entrega do "Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar", realizado ontem em Brasília, no qual a cidade recebeu, pela oitava vez consecutiva, a premiação, sendo a única no Brasil a conseguir tal façanha. Então, a organização do evento, fez o vídeo e mostrou durante o evento, como uma homenagem à Paragominas. Não deixe de assistir e COMPARTILHAR com seus amigos esse EXEMPLO!! Clique no título do post ou no link abaixo e assita! 
http://youtu.be/Pl0TfBWnKPA

Flexa Ribeiro parabeniza município paraense de Paragominas


O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) parabenizou, nesta quarta-feira (23), o município paraense de Paragominas, classificado por ele como "exemplo nacional". O parlamentar lembrou que, há 16 anos, o município era conhecido como "Paragobala" e apresentava os piores índices em todos os setores. Hoje, no entanto, tornou-se modelo, inclusive no aspecto ecológico, segundo o senador. 

Flexa Ribeiro ressaltou que, pelo oitavo ano consecutivo, Paragominas recebeu o Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar, superando outros 1.082 municípios inscritos. O senador destacou que a administração de Paragominas já está pelo quarto mandato consecutivo nas mãos do PSDB. 

- A Prefeitura fechou este ano parceria com o renomado chefe de cozinha Fábio Sicília, lá do Pará, para realizar cursos de técnicas de corte, aromas, ervas e temperos para as merendeiras das escolas municipais - assinalou. 

O senador também anunciou que o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), encaminhou em caráter de urgência à Assembleia Legislativa um projeto de lei que cria um cadastro e uma taxa para acompanhamento e fiscalização de atividades de exploração mineral. 

Segundo Flexa, o projeto segue o modelo de lei aprovada por Minas Gerais para taxar o minério explorado, como medida paliativa até a definição pelo Congresso de nova alíquota da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) e o encaminhamento pelo governo federal de uma proposta de novo Código de Mineração. A expectativa é de que o projeto do Pará seja aprovado ainda este ano e entre em vigor em janeiro do próximo ano

Fonte: Agência Senado

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Oito vezes campeã!


Pela oitava vez consecutiva, Paragominas recebe hoje o Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar

Hora do "lanche"! Foto: Wesley Braun
Paragominas não é excelência apenas na área ambiental. Há oito anos, a cidade do nordeste paraense, mostra que é exemplo também quando o assunto é alimentação escolar. Hoje, 23, a cidade recebe em Brasília, pela oitava vez consecutiva, o Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar. Desde que foi criado, em 2004 é que a cidade paraense “papa” todas as estatuetas do “Menino Maluquinho”, personagem estampado nos troféus e é a única cidade brasileira a receber a premiação tantas vezes.

Essa é a primeira vez, em oito edições, que o ex-presidente Lula não estará presente na cerimônia por conta do tratamento contra o câncer de laringe a qual está se submetendo, mas  vários ministros irão fazer  a entrega à Adnan Demachki, prefeito de Paragominas, a estátua.

Em seu gabinete, Demachki coleciona troféus concedidos pela ONG Ação Fome Zero, mas apesar de se sentir vaidoso pelas premiações, sabe que ela faz parte de um trabalho muito maior, que começa no setor de licitação, passando pela fiscalização dos produtos até o preparo do alimento que vai parar nas mesas dos refeitórios das escolas da rede municipal de ensino. “Todos os anos, aguardamos ansiosos pela premiação. Toda nossa equipe trabalha todos os dias pra que a qualidade da merenda de Paragominas continue em alta e sempre melhorando. Nós mesmos somos fiscalizadores, essa é a diferença. Não servimos lanches em nossas escolas. Servimos alimento para a mente e para o corpo”, orgulha-se Demachki.

A pequena Vanessa Melo, de apenas 9 anos, hoje sabe que comer verdura faz bem. Ela confessa que antes fazia cara feia, mas agora seu prato preferido é arroz com cenoura. “Gosto de vir pra escola estudar, desenhar, fazer minhas tarefas”, diz a estudante. Mas confessa que a hora da merenda é a que mais gosta. A estudante Jaíne Costa, de 10 anos, prefere o iogurte com cereal. “A nossa merenda é nota 10!”, afirma.

Na cozinha, no preparo da "Merenda". Foto: Wesley Braun
As mais de 30 mil crianças atendidas nas escolas públicas municipais recebem um cardápio pra lá de variado, acompanhado de perto pela Secretária Municipal de Educação, Mosimeire Costa. Segundo ela, o menu vive se adaptando e depende da estação das frutas e dos legumes. Cheiro-verde, cariru, alface, pepino e abóbora são apenas alguns produtos que vem das hortas e pequenas plantações da região para a cozinha das escolas.

“Logo no começo, quando começamos a implantar esse cardápio, as crianças estranharam muito porque não estavam acostumadas a ter em casa uma alimentação balanceada”, lembra a secretária. “Hoje, a realidade mudou e muitas seguem essa alimentação em casa”, conta a secretária.

E quem reafirma isso é a diretora de uma das escolas municipais, Cleonice de Oliveira Costa. Segundo a educadora, a qualidade da merenda servida nas escolas municipais está em franca evolução. Ela conta que antes, as merendeiras precisavam triturar toda a verdura para poder inseri-la na alimentação escolar porque os alunos não “gostavam” de verduras. Agora, a realidade é outra. “Hoje já colocamos as verduras, hortaliças no prato e eles adoram. Até pedem!”, afirma Cleonice.

Solenildo Soares Carvalho é presidente do Conselho Municipal de Alimentação Escolar. Ele explica que a instituição tem como objetivo, acompanhar a merenda escolar do município, desde o processo licitatório até o preparo e a distribuição para os alunos. “Até agora, a Secretaria de Educação tem cumprido com excelência ao que se propôs, que é lisura e transparência em todos os processos da Merenda”, afirma Solenildo.  “Fiscalizamos também o estoque desses produtos, se eles estão sendo bem armazenados e até mesmo a questão de data de validade”, continua.

Segundo Walmir Nogueira, coordenador da Merenda Escolar de Paragominas, a parceria com pequenos produtores é um dos motivos para o sucesso do programa. “A gente trabalha com compra direta do produtor, livrando-nos dos atravessadores. Isso faz com que consigamos maior quantidade do produto a um preço mais acessível, sem perder qualidade”, revela o coordenador.

Demachki e Lula na Premiação de 2010
Prêmio

Desde que foi criado o prêmio, Paragominas é campeã. A primeira vez foi ainda na gestão de Sidney Rosa, em 2004. De lá pra cá, Demachki coleciona troféus e diz que não vai parar por aí. “Já implementamos no cardápio, galinha caipira, polpa de frutas produzidas por pequenos produtores, além de produtor 100% orgânicos, ou seja, livre de agrotóxicos”, conta. “Além disso, fechamos parceria com o renomado cheff de cozinha, Fábio Sicilia para realizar cursos de técnicas de corte, aromas, ervas e temperos para as merendeiras das escolas municipais”, revela Demachki.

O Prêmio é uma atividade de avaliação, seleção e divulgação de boas gestões públicas municipais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Seu objetivo é destacar os prefeitos que realizam gestões criativas e responsáveis do PNAE e disseminar estas boas práticas, para que sejam conhecidas e adotadas por outros gestores. Este ano foram inscritos 1.082 municípios. Entre agosto e setembro, 37 prefeituras finalistas em todo o País receberam as visitas técnicas de pesquisadores do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A premiação terá as seguintes categorias regionais: • Pequenas Cidades; • Médias e Grandes Cidades; • Valorização Profissional das Merendeiras; • Merenda Indígena e/ou Quilombola.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Governador Simão Jatene se posiciona contra a Divisão do Pará

Governador do Pará, Simão Jatene
Minhas amigas e meus amigos,

O Pará vive o maior desafio da sua história recente. No plebiscito do próximo dia 11 de dezembro, cada paraense, cada homem e cada mulher, terá a responsabilidade de dizer se quer o Pará unido ou dividido em três pedaços.

Como todo paraense, também estou preocupado com a votação, mas como governador tenho a obrigação, a responsabilidade, de estar particularmente atento ao que ocorrerá no dia seguinte ao plebiscito. Quais as consequências reais e os desdobramentos dessa disputa.

Todos sabemos que a questão da divisão do nosso Estado não é coisa nova, à semelhança de vários projetos de divisão territorial existentes no Congresso Nacional, envolvendo estados de grandes e pequenas extensões, como Minas Gerais e Piauí, estados muito ricos e muito pobres, como São Paulo e Maranhão, entre outros. Entretanto, não se pode negar que, até o ano passado, esse assunto, em maior ou menor intensidade, se constituía discurso de alguns políticos nas suas campanhas eleitorais e se esgotava no pós-eleição; portanto, com consequências bem diferentes do que pode ocorrer agora, quando ameaça virar elemento de conflito entre irmãos.

Paraenses, ainda que eu deseje o contrário, tudo leva a crer que, seja qual for o resultado do plebiscito, o dia seguinte será marcado por mágoas, ressentimentos e desconfianças que podem se tornar duradouras, considerando que, diferentemente das eleições regulares que se renovam a cada quatro anos, o plebiscito terá caráter muito mais efetivo e permanente.

E aí cabe perguntar: quem vai cuidar das feridas? E dos ressentimentos? Como evitar que eles se enraízem nos corações e mentes da nossa gente?

A insegurança é maior quando sabemos que o projeto de divisão em pauta não foi fruto de qualquer estudo prévio que procurasse definir o perfil de cada novo Estado. Quais os municípios que deveriam integrar esse ou aquele Estado para que se tivesse um melhor equilíbrio econômico, social e político, para que o povo fosse efetivamente beneficiado. Não, a população em todo esse processo, lamentavelmente, não teve seus interesses considerados. Foi apenas 'um detalhe'. 'Detalhe' que, agora, tem a responsabilidade de decidir diante de um 'prato feito', sem poder mudar mais nada.

Até que seja provado o contrário, os parcos estudos existentes não fundamentam uma proposta de divisão, quando muito tentam justificar, ou não, uma divisão baseada num elevado grau de aleatoriedade e subjetividade. E é neste cenário que, como governador, tenho que mediar interesses para que os problemas não se agravem.

Se o 'não' for vitorioso, teremos que buscar, todos juntos, cada vez mais, aproximar as regiões e fortalecer o que nos une, implantando novas formas de gestão territorial. Por outro lado, se for o contrário, entre o plebiscito e a implantação de um novo Estado, como ficará a governança do todo que na prática ainda se manterá unido? Quanto tempo levará a efetiva implantação do novo Estado, uma vez que para tal tem que ser ouvida a Assembléia Legislativa, o Congresso Nacional e até a Presidência da República?

Amigas e amigos, o governador, independentemente da sua vontade, tem a responsabilidade constitucional e institucional e o dever ético de conduzir essa questão tão delicada, alertando e tratando das rugas, buscando evitar que as cicatrizes se eternizem.

Os estados até hoje criados o foram em condições bem diferentes das atuais, não colocando em confronto as pessoas, não onerando ainda mais as populações locais e, nesse sentido, nos ajudam muito pouco sobre a experiência do dia seguinte que terá que ser vivida por nós, em certo sentido cobaias de um processo novo e diferente.

Por tudo isso, é preciso ter cuidado ao tratar dessa questão. A ética da responsabilidade me impõe deveres dos quais não posso me afastar. Entretanto, se a responsabilidade me aconselha isenção, do mesmo modo, até por amor à nossa gente, me exige que alerte a todos sobre alguns riscos.

Sempre digo que o voto é tanto mais expressão democrática quanto mais as pessoas souberem sobre o que estão votando; caso contrário, ele pode se transformar no simples aval popular para interesses de alguns, chancela da vontade de grupos específicos.

Assim, não posso deixar de registrar a minha preocupação diante dos rumos da campanha, particularmente na televisão, onde salta aos olhos que o 'vale tudo' está em marcha. Falo, exemplificando, do esforço de tentarem destruir a autoestima do paraense e mostrar, como alternativa, que a simples divisão, automaticamente, trará ganhos financeiros aos três estados.

Ora, com todo o respeito que possa ter pelos que fazem tal afirmação, ela não tem qualquer fundamento técnico, como pretendem seus defensores. Pelo contrário. Se quanto à elevação das despesas a criação de novos estados não deixa dúvidas, quanto às receitas, pelo menos atualmente, qualquer prognóstico se faz sob enorme incerteza. Especialmente nesse momento que as transferências federais, e em especial os critérios de distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE), até por decisão judicial, devem ser reformulados até o final de 2012.

Minhas amigas e meus amigos, eu nunca vi alguém de Belém dizendo que não gosta dos irmãos de Santarém; do mesmo modo, jamais vi alguém de Santarém dizendo que odiava o povo de Marabá. Não, felizmente isso não faz parte da nossa história.

Temos dificuldades, sim, mas quem não as tem? Historicamente, fomos usurpados de nossas riquezas sem que parte da classe política fosse capaz de se unir na defesa das mesmas. Por que jamais nos mobilizamos, efetivamente, para fazer com que a República compensasse o nosso Estado pela fantástica contribuição que sempre deu, e continua dando, para o desenvolvimento brasileiro? Quem tiver boas propostas que as apresente, mas não posso aceitar que, na tentativa de impor seus interesses, qualquer grupo fantasie a realidade e recorra a meias-verdades, levando a nossa população, sobretudo a mais simples, independente da região em que vive, a equívoco e frustração. Não posso aceitar que a luta pela divisão do território se transforme em divisão do nosso povo.

A Europa está cheia de exemplos em que as lutas religiosas, étnicas, deixaram feridas que não cicatrizam. Não podemos permitir que isso aconteça conosco. O Pará não merece isso. A nossa gente não merece.
 
No peito de cada paraense, esteja ele em Belém, Santarém, Marabá, Altamira, São Felix do Xingu, Chaves, ou em qualquer lugar, bate um coração generoso e vencedor, sempre aberto e disponível a ajudar a todos, até com as nossas riquezas e belezas. Por isso, basta que nos determinemos, individual e sobretudo coletivamente, que construiremos uma sociedade mais feliz.
 
Que Deus nos dê sabedoria e ilumine a todos.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Conheça as 7 Maravilhas do Pará eleitas pelo público

Durante a premiação da sétima edição do Prêmio ORM/ACP, na noite desta quinta-feira (17), no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia foram divulgados os nomes das '7 Maravilhas do Pará', uma promoção realizada pelo jornal O Liberal, por meio de votação popular. Foram eleitos também mais três ícones paraenses devido à expressiva votação.

Conheça as "7 Maravilhas do Pará" por ordem de colocação:

1º Lugar - Igreja de Pedra de Vigia

Fotógrafo: Ray Nonato
  2º Lugar - Parque Ambiental de Paragominas

Fotógrafo: Antônio Silva



 3º Lugar - Praia do Atalaia, em Salinópolis

Fotógrafo: Henrique Felício

4º Lugar - Praia de Alter do Chão, Santarém

Fotógrafo: Ray Nonato


5º Lugar - Círio de Nazaré, em Belém
Fotógrafo: Ray Nonato
6º Lugar - Ilha de Mosqueiro, em Belém

Fotógrafo: Ray Nonato
7º Lugar - Parque Zoobotânico de Carajás, em Parauapebas


Além das 7 Maravilhas, foram eleitos três destaques, pela expressiva votação. Foram eles:

1° Destaque - Mercado do Ver-O-Peso, em Belém

Foto: Igor Mota

2º Destaque - Theatro da Paz, em Belém

Foto: Eli Pamplona
3º Destque - Complexo Feliz Lusitânea, em Belém
Foto: Osvaldo Forte
Fonte: Portal ORM

Parque Ambiental Adhemar Monteiro, em Paragominas, foi escolhido uma das 7 Maravilhas do Pará

Parque Ambiental de Paragominas

Belezas da Terra - Na oportunidade, foram divulgados os nomes das sete maravilhas do Pará, uma promoção do jornal O Liberal onde os leitores puderam escolher por meio de votação os locais mais bonitos do Estado. 

A votação também aconteceu por meio do Portal ORM e consagrou a Igreja de Pedra de Vigia, o Parque Municipal de Paragominas, a Praia do Atalaia, em Salinas, Alter do Chão, o Círio de Nazaré, a Ilha de Mosqueiro e o Parque Zoobotânico de Carajás como as sete maravilhas do Pará. O mercado do Ver-o-Peso, o Theatro da Pazz e o Complexo Feliz Lusitânia também foram lembrados por obterem uma expressiva votação entre os leitores.

O governador Simão Jatene foi escolhido para receber a premiação dos lugares mais bonitos do Estado que foram eleitos pelos leitores de O Liberal. ' Aproveito este momento para parabenizar as ORM e a ACP por essa festa bonita que congratula as empresas paraenses. Não conheço outra forma que autoestima ou o combustível mais importante para ela que é o reconhecimento. Aqui fica uma grande lição para cada empresário ou pessoa que contribua para que se tenha emprego e renda para enfrentarmos desafios como a pobreza e a desigualdade que são os grandes problemas da humanidade', disse.
Após a premiação das sete maravilhas, foram anunciados os nomes das 33 empresas que mais se destacaram no Pará.

Fonte: Portal ORM 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pará trabalha para reverter derrubadas

Marabá, cidade do sul do Pará, batizada com nome de poema de Gonçalves Dias que conta a história da filha de uma índia com um homem branco, não poderia ser mais mestiça na beleza e nos impactos do crescimento desordenado que cobre a cidade com poeira vermelha. Por ela passaram os garimpeiros na época do ouro da Serra Pelada, cerca de 100 km dali, extrativistas do fruto da castanheira, hoje praticamente extinta da paisagem da cidade, madeireiros e pecuaristas.

Em 2007, ao lado de outras cidades paraenses, Marabá entrou para a lista de municípios que mais desmatam na Amazônia do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Crédito e financiamentos a essas regiões foram restringidos. Mais tarde, o Ministério Público articulou um pacto com os maiores supermercados e frigoríficos do país para garantir que a carne comercializada não tenha procedência de áreas de desmatamentos ilegais.

Desde então, sair da lista do MMA tornou-se questão de sobrevivência para essas cidades. Marabá está quase lá. A média do desmatamento dos últimos anos ficou em 36% da média dos anos anteriores, abaixo dos 60% exigidos para sair da lista. A cidade tem mais de 90% do seu território no Cadastro Ambiental Rural (CAR), outro item exigido para deixar a lista. O CAR é um sistema digital com informações georreferenciadas do perímetro da propriedade, áreas de proteção permanente (APPs), reserva legal, e área de uso do solo.

Apesar do progresso dos indicadores, dados do Prodes, metodologia do Inpe que calcula a taxa anual de desmatamento, mostram que em Marabá, entre 2009 e 2010, a área desmatada foi de quase 80 km2. Para sair da lista suja, esse número não pode ultrapassar 40 km2. Um levantamento cartográfico realizado pelo Incra revelou que 60% do desmatamento da região ocorreu em áreas de assentamento da reforma agrária.

As florestas de babaçu dos dois lados da estrada de terra que leva ao assentamento Palmeira Jussara, no município de Marabá, com 64 famílias, denunciam a degradação. Quando há babaçu dessa forma, houve queimada. O fogo libera a semente dessa espécie que cresce antes que todas as outras.

"Nenhum fazendeiro aqui se interessa por essas áreas. Esse local costuma amanhecer com centenas de famílias acampadas", explica Maria de Jesus Sousa Lima, presidente da associação de moradores do assentamento Palmeira Jussara. "Muitos deles invadem as terras, ganham a posse, passam a área para o nome de um parente ou vendem o terreno. Às vezes pegam o dinheiro e vão embora ou começam uma nova invasão", explica.

Poucos dos que chegaram nas primeiras invasões ainda estão no mesmo local, como dona Maria da Horta, que assim ficou conhecida por plantar de tudo em sua terra. Quando os assentados chegaram à região, em 1998, encontraram uma área completamente degradada pela pecuária.

"Isso aqui era uma capoeira que deu trabalho", conta. Maria da Horta pegou o machado, roçou a terra, plantou macaxeira, açaí, alface e milho. Com o tempo, aprendeu que boi dá dinheiro. Fez empréstimo, pagou suas prestações em dia e todo ano vende bezerro para um grande pecuarista da região. "Gado é a melhor poupança por aqui. Se faltar dinheiro, tem bezerro pra vender."

Essa ideia é comum entre os pequenos agricultores da região. "Com o preço do boi hoje em dia não dá para viver apenas da agricultura", afirma Isaias Soares de Melo, morador do assentamento Palmeira Jussara. Para ele, o gado é uma forma de diversificar a atividade. Com suas 25 vacas leiteiras e a renda da agricultura, consegue viver com a mulher e filhos. Se apertar tem um gado para vender. O bezerro na região custa R$ 500.
O fato de grande parte do desmatamento de Marabá ocorrer em terras de assentamentos levou o Incra assinar o compromisso de colocar esses locais no CAR. "Foi um grande passo, pois sem a inclusão dessas pequenas propriedades, Marabá jamais vai reverter seu desmatamento", diz Teresa Cristina Moreira, coordenadora de projeto da The Nature Conservance (TNC), em Marabá e Santana do Araguaia.

Marabá possui 85 assentamentos que somam 7 mil famílias, em terras muitas vezes improdutivas. Além de ajudar a monitorar o desmatamento, a TNC pode ajudar a encontrar alternativas econômicas para eles.

A grande vantagem do CAR é possibilitar a identificação do dono do terreno desmatado. "O Ibama arrecada hoje apenas 1% das multas que aplica devido a esquema de laranjas", diz Daniel Cesar Azeredo, procurador da República no Pará. Para ele, a maior evidência de que o CAR funciona é a queda no desmatamento. No entanto, as discussões em torno das mudanças no Código Florestal podem enfraquecer esses tipos de arranjo. "Os produtores ficam esperando algum tipo de anistia e adiam a decisão de entrar no CAR", afirma.

Paragominas vira exemplo

A 300 km de Belém, no sudeste do Pará está Paragominas - cidade que virou símbolo no combate ao desmatamento por reverter seus altos índices de derrubada da floresta. O município, que em 2006 teve 330 km2 de área desmatada, contabiliza este ano 1 km2 de desmatamento.

Pressões do governo e do mercado levaram os produtores de gado a adotar novos métodos. "Perdemos mercado e crédito de um dia para o outro. Como posso acreditar num negócio se os maiores compradores de carne nos dão as costas?", diz Mauro Lúcio Castro, presidente do Sindicato dos Produtores de Paragominas.

À frente de um grupo de seis produtores, ele colocou em prática um sistema de manejo para aumento de produtividade. O pasto é dividido em espaços menores, chamados de piquetes, cercados para que o gado circule dentro deles em sistema de rotação. Assim, o pasto se recupera antes que seja exaurido.

Na região, a média é 0,5 cabeça de gado por hectare. Em algumas fazendas, como a do próprio Castro, onde o sistema de rotatividade já é utilizado há alguns anos, a média chega a ser quatro cabeças.

"Muitas vezes, o produtor desmata sem saber sequer a aptidão agrícola da área", explica Fábio Niedermeier, especialista em conservação da TNC, em Paragominas. "Simplesmente abre um espaço no meio da floresta sem saber se é bom para o gado ou não." (G.P.)

Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Paricá é alternativa competitiva ao eucalipto e ao pinus na indústria


Toras possuem tamanho ideal para retirada de lâminas de compensado. Resíduos da fabricação e pontas vão para a produção de MDF no Pará.

Há 17 anos, Silvio Danholuzo começou a selecionar sementes de paricá na floresta para formar um campo de matrizes. São ao todo 2.500 árvores plantadas por ele na fazenda Concrem, no município de Dom Eliseu no estado do Pará.

Com sementes colhidas das árvores da fazenda, são produzidas cinco milhões de mudas de paricá por ano. A técnica empregada no viveiro e no plantio das mudas segue o mesmo manejo adotado para a cultura do eucalipto.

Hoje a fazenda tem 17 mil hectares de paricá. O reflorestamento tem árvores com várias idades diferentes para permitir a colheita de madeira durante o ano inteiro. Veja no vídeo como é feito o plantio em solo seco com o uso de hidrogel.

Toda a produção de paricá de Dom Eliseu é direcionada para a fabricação de compensado. Cada árvore produz de três a quatro toras de dois metros de comprimento, tamanho ideal para entrar no torno que retira as lâminas de compensado. O processamento do paricá no torno só foi possível graças a uma mudança feita pelo Silvio Danholuzo nas engrenagens da máquina.

Ele introduziu rolamentos que tracionam a guilhotina do torno automaticamente de acordo com a espessura da tora que entra na boca da máquina. Isso permitiu laminar o paricá que tem de 10 a 40 centímetros de diâmetro. Hoje o torno tracionado é fabricado em escala comercial.

Na região de Dom Eliseu existem 40 tornos em funcionamento. Eles abastecem as fábricas de compensado da região que produzem 50 mil metros cúbicos de placas por mês.

O compensado é vendido no mercado interno para uso na construção civil. Um outro mercado importante é a exportação das lâminas de paricá solteiras, sem a montagem das placas. Um produto leve e que é muito cobiçado nos Estados Unidos para revestir pisos e paredes internas de casas de madeira.

Os resíduos da fabricação do compensado e as pontas de madeira que não servem para a laminação vão para a fábrica de MDF instalada em Pargominas. O MDF é uma placa de aglomerado de madeira que, pelo seu processo de fabricação, adquire boa resistência e estabilidade, características muito importantes para a indústria de móveis.

A indústria instalada no município de Paragominas processa 300 toneladas por dia, metade de paricá e metade de eucalipto. A madeira é triturada e recebe resina sintética para aglutinar as fibras. As chapas podem receber vários tipos de acabamento, de acordo com a finalidade. A tecnologia entregada hoje permite produzir chapas resistentes a umidade e aos cupins.

Com o MDF é possível produzir qualquer tipo de móvel modulado. Hoje boa parte das placas fabricadas em Paragominas é utilizada no pólo moveleiro instalado na região.

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O plantio de paricá também pode beneficiar os pequenos produtores da região. Marcelo Soares está colhendo 15 hetares de paricá por ano. Além disso ele já testou com sucesso o consórcio do paricá com milho, mandioca, feijão e girassol.

Com parque moveleiro moderno e matéria prima renovável, através do plantio de árvores nativas como o paricá, Paragominas e outros municípios do sul do Pará estão deixando para trás a fama de campeões na destruição de florestas. São 60 milhões de pés de paricá que se renovam ano a ano e ajudam a preservar a floresta nativa.

No Brasil, o eucalipto e o pinus ocupam quase 99% da área total de florestas plantadas. As outras madeiras, juntas, ocupam pouco mais de 1%, apenas. O paricá, pelas suas qualidades, pode se tornar a primeira espécie brasileira a disputar novos espaços num setor tão competitivo.

A silenciosa cumplicidade


A DIVISÃO DO PARÁ

Por Dalmo de Abreu Dallari em 08/11/2011 na edição 667

Algumas omissões surpreendentes da imprensa chamam mais a atenção do que muito noticiário e geralmente são reveladoras de alguma cumplicidade. Quando ocorre um fato público importante e – sem que se possa vislumbrar qualquer interesse ponderável na omissão – a imprensa silencia sobre ele, é óbvio que existe alguma razão oculta para o silêncio.

Isso vem ocorrendo em relação à pretensão da criação de dois novos estados mediante desmembramento de partes do estado do Pará. Já está marcada a data para realização de um plebiscito sobre essa proposta e obviamente muitos dos interessados estão em plena campanha. Pela relevância dessa decisão, que poderá acarretar sérias consequências políticas e financeiras para todo o Brasil, com a criação de despesas públicas que montarão a milhões de reais e serão pagas por todo o povo brasileiro, o assunto é de óbvio interesse público. E nada tem aparecido na imprensa sobre isso, sendo mais do que evidente a ocultação deliberada de fatos relevantes, como será bem fácil demonstrar.

Bilhões de reais

O jornal O Estado de S.Paulo publicou um editorial com o título “Audiência pública no TST” (5/8/2011, pág. A3). Como é óbvio, a escolha desse tema para um editorial da página onde se expressa a opinião do jornal já é uma demonstração do reconhecimento da importância do assunto.
O editorial começa informando que, “seguindo o exemplo do Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu promover audiências públicas para dar publicidade aos casos mais polêmicos em julgamento, com grandes implicações sociais, econômicas e políticas”. E depois de expender considerações minuciosas sobre a audiência pública, o editorial ressalta alguns efeitos que considera muito positivos nessa inovação, ressaltando que “as questões legais serão debatidas juntamente com questões econômicas e políticas, permitindo aos ministros da Corte ouvir diretamente a opinião daqueles que serão afetados por seus julgamentos”. E conclui, com evidente entusiasmo quanto à inovação, que a audiência pública aumentará a certeza jurídica nas relações entre os interessados.

No mesmo dia da publicação desse editorial foi realizada em Brasília a primeira audiência pública do Tribunal Superior Eleitoral, reunindo pessoas e entidades interessadas na definição das condições do plebiscito que será realizado no dia 11 de dezembro, para consulta à população sobre proposta de desmembramento do estado do Pará, para a criação de dois novos estados na federação brasileira, Carajás e Tapajós.

Entre os participantes da audiência, que reuniu mais de cem pessoas, estavam ministros e desembargadores, a vice-Procuradora Geral Eleitoral Federal e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil. Estavam presentes também parlamentares, partidos políticos, juristas, jornalistas e entidades mais diretamente envolvidas no encaminhamento do assunto.

O número e a qualidade dos presentes decorreu da enorme importância da decisão da proposta. Em termos financeiros, além do elevado custo decorrente do aumento do número de parlamentares, haverá também o custo elevadíssimo da implantação dos novos estados, cada um com suas instalações altamente onerosas para abrigar os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Para a manutenção desse aparato a população de todos os demais estados brasileiros é que irá arcar com as despesas, que no total deverão atingir alguns bilhões de reais. E até agora não foi feita qualquer demonstração ou estimativa dos efeitos sociais da criação dos novos estados, sabendo-se apenas que há grupos políticos e econômicos altamente interessados nessa criação, sendo evidente que as condições de vida da população não estão entre os motivos de sua reivindicação.

Moralista e indignada

Apesar disso tudo, e não obstante a evidente importância da audiência pública realizada no Tribunal Superior Eleitoral, a imprensa ocultou esse fato, não o noticiou antes nem publicou depois qualquer informação sobre ele.

O conhecimento do que se passou na audiência e dos efeitos que ela pode produzir é de interesse mais do que óbvio de toda a população brasileira, pois, além de tudo o mais, a criação dos novos estados acarretará despesas públicas que montarão a muitos milhões de reais e que deverão ser suportadas pelos contribuintes de todos os estados brasileiros.

Quais seriam os motivos e de quem seria o interesse, levando a imprensa a ocultar tudo isso do povo brasileiro? Onde está a imprensa moralista e sempre indignada quando se cogita de um aumento mínimo da tributação?

Está silenciosa, cúmplice da imoralidade.

***
[Dalmo de Abreu Dallari é jurista e professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo]