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Sejam bem-vindos ao blog oficial da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Paragominas. Eu, Taís Fiorese, prometo postar notícias relacionadas à nossa cidade, com a credibilidade e a seriedade, marca do nosso trabalho. Alguns posts serão de notícias, outros de artigos assinados por mim. Espero que curtam e me ajudem com as notícias.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ações do Pacto Contra as Drogas assinado em Paragominas, em março, já contabiliza bons resultados


“Estou triste porque vou ficar três meses afastada de meu filho, mas ao mesmo tempo, com o coração pulando de tanta emoção e felicidade porque agora sei que ele vai ter uma chance de voltar à sua vida”, esse é o relato de dona V.L.C, mãe de um dos primeiros jovens a ser atendidos com o programa de tratamento anti-drogas na Fazenda Esperança, uma das ações do Pacto Contra as Drogas firmado há um pouco mais de um mês em Paragominas, no nordeste paraense.

Como é comum no relato de parentes e, principalmente pais que vivem o dilema de terem seus filhos refém das drogas, dona V.L.C não quer ser identificada porque diz que as pessoas ainda tem muito preconceito e confundem o vício “com falta de caráter”. “Cansei de ouvir que meu filho era um ‘sem vergonha’, mas eu sou a mãe dele e sei que ele não é assim. Ele é uma pessoa boa, de bom coração e não merecia a vida que estava levando. Por isso, quando soube que Paragominas ia instalar uma casa de acolhimento que iria cuidar de casos como o meu, tratei logo de procurar”, afirma a dona de casa. 

Segundo a Coordenadora do CREAS AD, Tatiane Rodrigues, em um mês 26 famílias já foram atendidas pela equipe de assistentes sociais, tudo através de demanda espontânea, ou seja, as famílias estão procurando ajuda na Secretaria de Assistência Social. Esta semana, duas pessoas foram levadas à Fazenda Esperança, um dos locais de tratamento credenciados pela Rede de Assistência, que é uma comunidade terapêutica de recuperação de dependentes químicos.

“Percebemos que são pessoas, principalmente mães, que já estavam desesperadas, sem saber pra onde recorrer e que já tentaram de tudo para recuperar os filhos. Nos casos de internação, a pessoa precisa querer e escrever uma carta de próprio punho falando os motivos que levou a essa atitude”, relata a coordenadora.

A Assistente Social Gisele Vasques explica que o atendimento é feito de forma individual com o usuário e a família. Ela explica também que não adianta somente a família querer o tratamento, ela precisa convencer o drogadito a querer também. Até agora, os resultados estão dando certo porque 100% das famílias que procuraram a rede de assistência conseguiram levar os dependentes para a primeira conversa. “Na triagem, identificamos que quatro pessoas precisavam de internação. Desses quatro, dois já foram e os outros dois, estamos no processo de convencimento. Uma curiosidade que percebemos é que a maioria das pessoas que estão nos procurando são do sexo masculino”, conta Gisele.

Mas, a Rede de Assistência do Pacto Contra as Drogas trabalha em outras frentes, como na prevenção. Segundo a pedagoga Ângela Morais, as palestras nas escolas estão surtindo um resultado muito positivo. Segundo Ângela, após as palestras, os atendimentos “bombam”. “Esta semana fizemos duas palestras, uma na Escola Belarmina Fernandes, para alunos de 15 a 18 anos e a outra na Escola Hilda Oliveira Sá, para jovens de 7 a 14 anos. É impressionante como a maioria tem relatos de problemas com álcool ou droga ilícita dentro da família ou até mesmo dentro de casa”. Ainda de acordo com a pedagoga, está prevista para esta semana, palestras na zona rural, para a comunidade Alta Floresta envolvendo cerca de 120 famílias.

A Assistente Ângela Assunção conta que na próxima semana, a equipe já vai realizar a terapia com os usuários e a terapia familiar. “A Casa de Acolhimento abriu suas portas há uma semana e a demanda tem sido grande. Ainda estamos montando-a com móveis e o aparato necessário para atender a população, mas já estamos em funcionamento e todos que tem nos procurado saem orientados e com a esperança renovada, o que deixa a equipe motivada e feliz.”, afirma.

Para a Secretária de Assistência Social do município, Dyjane Amaral, o problema com drogas era mais sério do que se imaginava e que realmente Paragominas precisava de um Pacto como este para atender essa demanda silenciosa. “Notamos que a população clamava por esse projeto”, afirma Dyjane. A secretária ainda conta que já foi escolhido o nome deste local de acolhimento à família e ao usuário, chama-se Casa AMAnhecer. O nome e o conceito foram escolhidos através de concurso interno com alunos do curso de Design, da Universidade Estadual do Pará (Uepa), por meio de parceria entre a universidade e Prefeitura. “A participação popular aqui em Paragominas e o comprometimento com o Pacto renderam ótimos resultados e belas parcerias. Sabemos que essas ações só vão aumentar”, afirma Dyjane Amaral.

Segundo dados da Polícia Civil, desde que o Pacto foi firmado, 8 pessoas foram presas por tráfico de entorpecentes e 6, por consumo de drogas.

Serviço: Casa de Acolhimento, Rua São Paulo, 81, atrás da Igreja Católica. Telefones: (91) 3729-8054/ 8332-8395

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