A expectativa é que daqui há um ano, o
empreendimento comece a funcionar formando uma cadeia produtiva de caprinos,
ovinos e suínos na região
Secretaria de Estado de Agricultur, PMP e demais parceiros |
Reuniram-se no auditório da
Prefeitura Municipal de Paragominas na tarde desta quarta-feira, 16 de maio, o
prefeito Adnan Demachki, o Secretário de Estado de Agricultura, Hildegardo
Nunes, Superintendente do Banco da Amazônia Pará e Amapá, Luiz Euclides Feio,
técnicos da Emater, Adepará e Secretaria Municipal de Agricultura, além do
presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de
Paragominas, Domingos Paes e o empresário Murilo Zancaner, da Pagrisa, para
discutir programação da integração de pequenos animais, já que o Frigorífico de
Pequenos Animais de Paragominas começou a ser construído pelo Grupo Pagrisa, em
uma área dentro da cidade.
O Governo do Estado do Pará, por
meio da Secretaria de Estado de Agricultura firmou um protocolo de intenções no
último dia 22 de janeiro, junto à Prefeitura de Paragominas, Banco da Amazônia
e o Frigorífico Fortefrigo LTDA, para a construção de um frigorífico de
pequenos animais dentro da cidade, com o objetivo de verticalizar a produção
primária de grãos, transformando-as em proteína animal, sob a forma de suínos,
caprinos e ovinos, além de contribuir para a geração de 2500 empregos diretos e
indiretos envolvidos na produção rural e 200 empregos formais na planta
industrial do frigorífico.
Durante a reunião, foi debatido
como será feito a integração desta produção com o frigorífico e os pequenos
produtores da Região, para o desenvolvimento, no nível de propriedade, das
atividades de suinocultura, ovino e caprinocultura, com vistas à produção de
animais para abate na unidade industrial.
Adnan Demachki e Hildegardo Nunes |
Segundo o Secretário de
Agricultura do Estado, Hildegardo Nunes, o efeito econômico para o município é
muito grande, uma vez que já existe produção desses animais e que hoje não tem
um ambiente adequado para fazer o abate e conseqüente comercialização.
“Portanto, vamos legalizar a comercialização dessa carne. Para o estado, a
criação deste frigorífico tem um efeito simbólico, pois estimulando a criação
desses pequenos animais, temos mais uma alternativa econômica para a produção
familiar, além das atividades tradicionais – arroz, milho, feijão mandioca”,
afirma Hildegardo.
Murilo Zancaner, do Frigorífico
Fortefrigo LTDA, conta que já trabalhava com uma produção pequena de ovinos e,
a partir de uma viagem feita ano passado com o prefeito Adnan Demachki à
Chapecó, viu a possibilidade de aumentar o projeto.
O frigorífico será o primeiro de
todo o estado com este perfil, ou seja, de abater pequenos animais. Murilo vê
nesse empreendimento uma grande chance de verticalização da produção, uma vez
que os grãos produzidos aqui na região vão virar proteína animal, ou seja,
milho e soja se transformam em ração para esses animais. “Deixamos de ser
exportador de matéria prima e começamos a agregar valor à nossa produção. Temos
os grãos que inclusive, este ano, já começaram a sobrar, vamos ter incentivo
dos governos estadual e municipal e ainda, vamos contar com a participação dos
pequenos produtores neste processo”, explica Zancaner, que também é engenheiro
Agrônomo.
Para o prefeito, os erros do
passado – Paragominas foi grande produtora de madeira, mas não agregou valor ao
produto, exportando apenas a matéria-prima –, não serão mais repetidos. A
produção de grãos do município será transformada em proteína animal, em ração
para que esses animais consumam, deixando aqui o lucro da verticalização. Ainda
de acordo com ele, o mais importante do projeto do frigorífico é a integração
com os pequenos produtores. “Vamos estimular a produção deles, o Grupo Pagrisa
se comprometeu a fornecer animais para o começo da produção, além de outros
benefícios. Com o frigorífico funcionando, esses mesmos produtores vão poder
abater esses animais no frigorífico e assim, gerar renda”, explica o gestor
municipal.
O presidente do Sindicato dos
Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Paragominas, Domingos Paes disse que é
uma ótima oportunidade de profissionalizar os pequenos produtores, mas também,
chamou atenção à compensação que eles vão ganhar por não derrubar florestas.
“Como estamos no Município Verde e temos o compromisso de não desmatar, faltava
uma iniciativa que aumentasse o leque de opções para o pequeno produtor, que
ele, além de produzir alimentos tradicionais, vai poder ganhar dinheiro
produzindo pequenos animais e se especializando, uma vez que vamos ter o apoio
técnico da Emater, Adepará e Secretaria Municipal de Agricultura”, comemora
Domingos.
De acordo com Luiz Euclides Feio,
Superintendente do Banco da Amazônia nos estados do Pará e Amapá, o
investimento neste empreendimento é o resgate de um compromisso feito pelo
banco, além de Paragominas ser área prioritária de investimentos no estado, por
ser o primeiro Município Verde da Amazônia. “Para nós, do Banco da Amazônia é
mais que uma missão gerar emprego e renda no campo e contribuir na economia a
partir da verticalização da produção primária, ou seja, nós vamos ajudar a
transformar o milho que o município produz em proteína animal abastecendo os
grandes centros consumidores”, afirma.
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