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Sejam bem-vindos ao blog oficial da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Paragominas. Eu, Taís Fiorese, prometo postar notícias relacionadas à nossa cidade, com a credibilidade e a seriedade, marca do nosso trabalho. Alguns posts serão de notícias, outros de artigos assinados por mim. Espero que curtam e me ajudem com as notícias.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Paragominas e a revolução verde


Município paraense, considerado modelo de  desenvolvimento sustentável, proporciona qualidade de vida para a população, com respeito ao meio ambiente
Até 2008, o município paraense de Paragominas, localizado a pouco mais de 300 quilômetros da capital, Belém, ostentava alguns títulos nada honrosos. A cidade, com uma população de 97.819 moradores, figurava em uma lista do governo federal que relacionava aquelas que mais agrediam a Amazônia. Conflitos na região rural eram frequentes – o que lhe rendeu o apelido de ‘Paragobalas’, por conta da violência. Crianças trabalhavam em minas de carvão e assistiam às aulas deitadas no chão das salas. Como resultado, Paragominas encontrava problemas, por exemplo, para a obtenção de créditos e para a expansão dos investimentos.
O cenário era de crise – econômica, social e cultural. Todo este contexto demandava uma solução que fosse, ao mesmo tempo, criativa e definitiva. A criatividade se tornava necessária porque combates efêmeros ao desmatamento, pautados mais na violência que no acordo, já haviam sido implantados em Paragominas, sem sucesso. E definitiva, porque os moradores já não podiam mais conviver com os problemas.
Nos primeiros meses de 2008, o prefeito Adnan Demachki (PSDB),  à época, cumprindo o primeiro mandato, concebeu o projeto Município Verde. A proposta tinha uma ambição tão simples de entender quanto difícil de se executar: o desmatamento zero e a implantação de um novo modelo de atividade econômica para a cidade. Afinal, implicaria uma revolução em um sistema de produção vigente havia décadas, desde quando o governo federal passou a incentivar a colonização – pautada no desmatamento e na tentativa de “abrir caminhos” – da Amazônia. Além disso, a região era visada por muitos comerciantes de madeira.
Pacto - O primeiro passo para a implantação do projeto foi o estabelecimento de um pacto entre os diferentes setores da sociedade. Ou melhor, por praticamente todos os segmentos do município, já que quase a totalidade da cidade tem algum envolvimento com a floresta. Inúmeras reuniões foram realizadas, dúvidas expostas e estabeleceram-se diversas tentativas de se firmar um consenso.
O consenso veio por meio de um pacto assinado por 51 instituições – da administração municipal à Maçonaria, passando por sindicatos de classe e patronais. As três esferas do poder público (município, estado e União) também foram incluídas. Mais do que uma simples conversa, o pacto previu um Termo de Compromisso, pelo qual cada uma das entidades deveria cumprir determinadas tarefas.
Por exemplo, os produtores se comprometiam a evitar o desmatamento em suas propriedades e a aprender novas técnicas de manejo do ambiente; o poder público se encarregava da fiscalização e do aprimoramento da educação ambiental nas escolas; e os lojistas passariam a trabalhar somente com produtos de origem legal.
Fizemos um grande pacto social. Em primeiro lugar, buscamos o desmatamento zero. A partir daí, corremos atrás de produtos legais e sustentáveis, que fossem ambientalmente corretos (produzidos em área sem desmatamento), socialmente justos (sem uso de trabalho degradante) e enfim, economicamente viáveis”, afirmou o prefeito Adnan Demachki,  reeleito em 2008.
Mão na massa - A primeira atividade da implantação propriamente dita do projeto foi um extenso trabalho de diagnóstico. Era preciso conhecer o tamanho exato do problema antes de se decidir combatê-lo. Para alcançar o objetivo, a prefeitura iniciou um monitoramento da situação documental das propriedades rurais do município para saber como estavam, em termos legais, essas propriedades. Isso permitiu, no longo prazo, a concessão de certificados aos agricultores e produtores da cidade.
Também no campo, a transformação da rotina de produção começou a tomar corpo. Produtores foram capacitados a reduzir o desmatamento e a recuperar as áreas degradadas. Eles aprenderam a otimizar o cultivo em regiões já desmatadas – o que dispensou a necessidade de novas derrubadas de floresta – e a desenvolverem sua produção em harmonia com a floresta nativa.
A modificação na rotina dos produtores se materializou, ainda, na maneira pela qual eles seriam punidos em caso de descumprimento das normas. Ao invés de pagarem multas aos cofres públicos, teriam que reflorestar regiões devastadas.
Tempo de transformação – Uma revolução completa, como a ocorrida em Paragominas, não acontece sem que alguns setores se sintam prejudicados. No caso do município, os “afetados” foram os produtores ilegais de madeira e carvão vegetal.
Paragominas chegou a viver dias de guerra em novembro de 2008. Exploradores ilegais se revoltaram com a apreensão de caminhões de madeira e outros produtos. Em resposta, incendiaram a sede do Ibama e por pouco não lincharam os funcionários do órgão. A situação gerou até mesmo a visita do então ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, à cidade.
A resposta que o município deu aos incidentes foi o fortalecimento do pacto. O prefeito Demachki promoveu mais encontros com a população – e, com eles, teve a certeza de que a maior parte dos moradores estava a favor do Município Verde. “A conversa com as pessoas foi o que nos deu força para seguir”, declarou Demachki.
Outra dificuldade foi uma temporária queda na oferta de empregos. Em virtude da modificação do eixo produtivo da cidade, Paragominas passou por uma queda de 1.600 postos de trabalho, em 2008, para 600, em 2009.
Os trabalhadores deixavam de trabalhar em atividades como extração ilegal de madeira e produção de carvão vegetal. No longo prazo, a alteração foi favorável à cidade”, recorda o tucano.
Resultados - Em 2011, três anos após o início da implantação do projeto, o município deixou de fazer parte da temida relação daqueles que mais desmatam. Tornou-se referência de reflorestamento e de integração positiva entre mata nativa e produção econômica.  Como consequência, a cidade passou a atrair mais investidores e a receber uma gama de projetos de parceria e assistência, oferecidos por outros órgãos governamentais e ONGs ligadas à causa ambiental. Os possíveis parceiros se sentem, agora, encorajados pela segurança jurídica existente.
Além dos ganhos ambientais e econômicos, foram obtidas conquistas indiretas. A cidade é modelo em educação ambiental – técnicos de Paragominas são requisitados a visitarem outras localidades, apresentando o Município Verde. A violência reduziu e os conflitos no campo, tão comuns até 2008, deixaram de existir. Com empresas mais organizadas, os acidentes de trabalho tiveram diminuição expressiva. 
O projeto se consolidou. A meta de Paragominas agora é atingir uma taxa de 17 metros quadrados de área verde por habitante, na área urbana. Iniciativas dessa natureza, sem dúvida, são fundamentais e corroboram com a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, garantindo um futuro sustentável à atual e às futuras gerações.
Em maio, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) esteve em Paragominas. Conheceu as iniciativas ambientais do município e falou sobre o Município Verde. “Paragominas é um exemplo para o Brasil inteiro. Esse exemplo se deve à força de articulação de suas lideranças políticas e do esforço da comunidade de compreender o que era preciso ser feito. Vocês mostraram que é possível e, mais do que isso, é necessário compatibilizar desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental”, disse.

O parlamentar ressaltou que impressiona, em Paragominas, o envolvimento de toda a população na busca pela conclusão do projeto. A união dos moradores, segundo Aécio, demonstrou que a política pode “com responsabilidade e seriedade, competência, ética e ousadia, transformar para melhor a vida das pessoas.”
Fonte: Agência PSDB de Notícia

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