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Sejam bem-vindos ao blog oficial da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Paragominas. Eu, Taís Fiorese, prometo postar notícias relacionadas à nossa cidade, com a credibilidade e a seriedade, marca do nosso trabalho. Alguns posts serão de notícias, outros de artigos assinados por mim. Espero que curtam e me ajudem com as notícias.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Salão do Livro debate projeto “Paragominas Município Verde”

Na mesa, parceiros do Projeto

O projeto “Paragominas Município Verde” foi o tema central da mesa redonda realizada na noite de quarta-feira (7) durante o I Salão do Livro da Região, evento promovido em Paragominas pelo Governo do Estado do Pará e Secretaria Especial de Promoção Social, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), em parceria com a Prefeitura de Paragominas, através da Secretaria Municipal de Cultura.

Coube ao prefeito Adnan Demachki apresentar aos presentes um histórico do projeto, surgido em 2008, quando Paragominas foi incluída na lista dos municípios amazônicos que mais desmatavam a Região. “Ficamos como um cidadão que está no SPC ou Serasa, totalmente sem crédito. Em um espaço de 15, 20 dias parecia que o mundo desabava sobre nossas cabeças. Ninguém queria mais negociar com o município”, lembrou o gestor.

A situação adversa gerou inúmeros protestos. Os primeiros que reclamaram da situação foram os agricultores, que não estavam conseguindo escoar a produção de soja. Depois, os pecuaristas também foram atingidos, pois nenhum frigorífico queria comprar o gado local. Diante do problema, restou ao executivo municipal mobilizar a sociedade e mostrar a importância de se trabalhar de forma sustentável. “Chamamos todos os sindicatos e depois de uma longa reunião firmamos o Pacto pelo Desmatamento Zero”, relatou Demachki.

O pacto consistiu em uma série de medidas para zerar os passivos ambientais do município. Dentre outras ações, passou-se a monitorar o desmatamento, capacitar agentes ambientais, promover a educação ambiental e ampliar áreas de reflorestamento e de manejo florestal para adequação ambiental e o uso sustentável da floresta nativa. Com isso, em 2010, o município foi o primeiro a sair da lista negra do desmatamento do governo Federal. 

Origem do desmatamento

Paragominas é um município com 2 milhões de hectares, dos quais 1,3 milhão é composto por florestas e 600 mil por terras abertas. O desmatamento foi ocorrendo nas últimas décadas e está relacionado com a própria origem do município. Foi no governo de Juscelino Kubitschek, no fim da década de 50, à época da construção da Belém-Brasília, que Paragominas foi surgindo às margens desta rodovia.

O governo Federal, que queria integrar a Amazônia ao restante do Brasil, ofertou recursos para que se abrisse a floresta. “Houve uma política pública que incentivava o desmatamento. Fizemos pastagens, que foi a nossa primeira atividade econômica. Na época não tinha a preocupação com aquecimento global ou mudanças climáticas”, ressaltou o prefeito de Paragominas.

Esta realidade ficou para trás e hoje o município está mobilizado para garantir que o pacto firmado há quase cinco anos continue rendendo frutos. E o caminho agora é o de viabilizar o crescimento vertical da produção.  “A idéia, por exemplo, não é mais somente a de produzir milho e exportar, mas sim abrir fábricas de ração. Já temos uma unidade desta e outra está em construção”, informou Demachki.

O projeto iniciado no município foi abraçado pelo governo do Pará, que criou um programa para ser desenvolvido em todos os municípios do Estado. Atualmente, 94 municípios paraenses participam da iniciativa.

Além do prefeito de Paragominas, participaram da mesa redonda Justiniano Neto, Secretário Extraordinário de Governo para a Coordenação do Programa Municípios Verdes, Hugo Schaedler, Superintendente do Ibama no Pará, Francisco Fonseca, coordenador de produção sustentável da The Nature Conservancy, e Mauro Lucio Costa, presidente do Sindicato de Produtores Rurais de Paragominas. A mediação do debate foi do pesquisador do Imazon, Paulo Amaral.

Texto: Cláudia Águilla (Ascom/Secretaria de Estado de Cultura do Pará)

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