Ações de combate e
prevenção serão intensificadas pela Rede de Proteção Sócio Assistencial
Nesta quinta-feira, 21 de junho,
Paragominas dá mais um passo importante na área de proteção social: firma o
Pacto Contra Abuso Sexual e Pedofilia, a partir das 9h, no Ginásio de Esportes
da cidade.
A Prefeitura, através da parceria com a Rede
Sócio Assistencial, composta pelo poder público – Fórum, Ministério Público,
Defensoria Pública, Núcleo de Atendimento da Criança e do Adolescente (NAECA),
Polícia Civil e Militar, Conselho Tutelar, Secretaria de Assistência Social
(por meio do CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social),
Instituto Médico Legal, escolas e demais instituições, irá desenvolver ações de
combate e prevenção que vão se somar as já existentes.
Recentemente foi divulgado pelo
governo do Estado do Pará, por meio do Programa
de Atendimento Exclusivo para Crianças e Adolescentes (0 a 18 anos incompletos)
Vitimizados pela Violência Sexual, o Propaz, que de 2004 a 2012, mais de 7300
crianças e adolescentes foram vítimas de violência sexual e atendidas nas
unidades do Propaz Integrado no Pará. “Os crimes contra crianças sempre
existiram, mas hoje estamos tendo a coragem de enfrentá-los e combater esse
quadro gravíssimo da violência sexual e pedofilia”, afirma a coordenadora do
Propaz, Izabela Jatene, que também estará presente durante o evento. Além dela,
o Secretário de Estado de Segurança Pública, Luiz Fernandes Rocha e o
Secretário de Estado de Assuntos Estratégicos do Pará, Sidney Rosa, estarão
presentes.
Esses
números são os oficiais, mas estima-se que sejam muito maiores. Por isso, a
Rede de Proteção Sócio Assistencial é tão importante nos municípios e, em
Paragominas, o trabalho rende frutos, mas a sociedade pede mais. A Rede local
consegue combater com eficiência a exploração sexual, mas ainda luta contra o
abuso e a pedofilia. Segundo o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), embora a situação de exploração envolva o abuso sexual, quando se
fala na exploração, refere-se àquele tipo de violência que possui fins
comerciais e tem como intermediário o aliciador – pessoa que lucra com a venda
do sexo com meninos e meninas.
Segundo a Secretária de
Assistência Social de Paragominas, Dyjane Amaral, o objetivo do Pacto Contra o
Abuso Sexual e Pedofilia, é envolver a população em um maior engajamento junto
à Rede de Proteção Sócio Assistencial. “Em Paragominas, todas as ações que
englobamos a sociedade rende excelentes resultados. Com este Pacto pretendemos
ter os mesmos resultados dos demais pactos que firmamos – Desmatamento Zero, Contra
as Drogas, pelo Produto Legal e Sustentável – que é a participação popular no
enfrentamento do problema. As ações da Rede serão intensificadas”, afirma a
secretária da pasta.
Disque 100
A exploração sexual de crianças e
jovens (até 18 anos incompletos) é crime. A lei brasileira não penaliza somente
quem pratica, mas também quem facilita ou age como intermediário. Para
denunciar os casos, ligue gratuitamente para o Disque 100 ou procure o Conselho
Tutelar mais próximo.
Entenda
a diferença:
Pedofilia: consta na
Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) e
diz respeito aos transtornos de personalidade causados pela preferência sexual
por crianças e adolescentes. O pedófilo não necessariamente pratica o ato de
abusar sexualmente de meninos ou meninas. O Código Penal e o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA) não preveem redução de pena ou da gravidade do
delito se for comprovado que o abusador é pedófilo.
Violência
Sexual: a
violência sexual praticada contra crianças e adolescentes é uma violação dos
direitos sexuais porque abusa e/ou explora do corpo e da sexualidade de garotas
e garotos. Ela pode ocorrer de duas formas: abuso sexual e exploração sexual
(turismo sexual, pornografia, tráfico e prostituição).
Abuso
sexual: Nem todo pedófilo é abusador, nem todo
abusador é pedófilo. Abusador é quem comete a violência sexual,
independentemente de qualquer transtorno de personalidade, se aproveitando da
relação familiar (pais, padrastos, primos, etc.), de proximidade social
(vizinhos, professores, religiosos etc.), ou da vantagem etária e econômica.
Fonte: Programa Nacional de
Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é muito importante, senão a internet perde sua interatividade!